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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Lixo ainda é um desafio na luta contra a Dengue

Baixo nível de saneamento básico, lixo, intenso adensamento demográfico, abastecimento irregular de água, histórico de epidemias e infestação predial alta. Todos estes fatores formam o cenário favorável para que tanto o Estado como a Capital vivam a sua quinta epidemia de dengue. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que a urbanização acelerada e o déficit da limpeza urbana foram dois pontos fundamentais, nos últimos 30 anos, para o favorecimento da doença no Brasil.
Em parnaiba, por exemplo, a questão do lixo ainda é um desafio no combate à doença. Para se ter uma ideia da situação, a maior parte dos casos estão onde esses serviços são deficientes, ou seja, nos bairros, nas Secretárias da prefeitura municipal  naõ tem carro fumace para antende todos os bairro de nossa cidade imagine a mudança do clima do periodo ja esta acontecendo se nos não cuida a dengue vai se alastra em parnaiba.
Toneladas
A média mensal da coleta urbana, ou seja, o lixo jogado de forma irregular nas ruas e vielas, assim como entulho e varrição  é de 10.558,75 quilos de resíduos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é justamente nessas Regionais onde se encontra a maior quantidade de sucatas, terrenos baldios e borracharias, locais estes, muitas vezes interditados pela quantidade focos do mosquito.
Sabe-se hoje que o Aedes aegypti não deposita seus ovos somente em água limpa. O gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Antônio Lima, diz que quando fala-se em lixo, não podemos nos referir apenas ao encontrado nas ruas, “os focos do mosquito, em sua maioria, estão nas residências, e dentro destas os cidadãos também acumulam lixo, o chamado intradomiciliar”.
 “É preciso uma intervenção urbana na Cidade, para receber adequadamente essas pessoas, com saneamento, abastecimento d´água, coleta eficaz, educação ambiental, ou seja, uma estrutura que funcione”.
Cooperação
Há anos acreditava-se que a responsabilidade pelo controle do mosquito só dependia das autoridades de saúde, mas hoje essa tarefa é intersetorial, ou seja, educação, políticas públicas ambientais e participação popular são fundamentais., nos sentidos comportamental e educacional: “A educação ambiental das pessoas com relação ao destino do lixo e ao armazenamento de água é fundamental”.
Problema
Volume de resíduos da Capital ainda é muito altomilhões de habitantes, o que a faz a quinta capital mais populosa do país. Os dados são do último Censo 2010, que se comparado com os de 2000, apresenta um crescimento de 14,68%, isso porque, na época, a população total era de 2.138,234 milhões.
Devido a essa variação, especialistas da área ambiental, como a professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Clélia Lustosa, aponta que a coleta de lixo na Capital deveria ser feita diariamente em alguns pontos onde o acúmulo de resíduos é intenso.
Coleta
“A coleta mecânica seria uma boa opção. Em vez de deixar o lixo na calçada, os moradores deixariam em dois contêineres. O verde seria para lixo orgânico. O amarelo, para o reciclável. Depois, viria o caminhão e recolheria, sem que ninguém precisasse tocar o lixo. Uma vez por semana, a coleta seria acompanhada do caminhão de limpeza que juntaria o container, lavaria, e devolveria bem limpinho para a rua. Assim, nunca teria cheiro”, sugere a professora Clélia.
Opinião do especialista
Educação para um consumo responsável
A economia do País vem se baseando no consumo das classes C e D, portanto é necessária uma conscientização ambiental, o que só é possível a partir de um processo educativo. As pessoas estão precisando desse trabalho agora, porém trata-se de um processo de médio e longo prazo.
A falta dessa educação é o que gera os problemas de lixo colocado inadequadamente nas vias e terrenos baldios da cidade. E em períodos chuvosos a dengue é apenas mais um dos inconvenientes que surgem.
Este trabalho tem que ter o apoio da mídia como divulgadora, mas, principalmente, ser feito dentro das escolas, junto às crianças, pois são elas as multiplicadoras, é que levam para dentro de casa, junto da família.
É preciso que o cidadão, antes de começar a consumir, tenha consciência ambiental da sustentabilidade e da responsabilidade. Essas ações são preventivas. Assim, o jovem passa a ter uma nova postura ao consumir: sem excessos e sabendo descartar adequadamente seus resíduos.
Fora as ações educativas é preciso também que haja fiscalização e que a coleta chegue onde o caminhão do lixo não entra. A dengue é uma doença urbana, de abordagem ampla, mas a educação é um dos principais pontos, pois reflete em vários sentidos

editado por sergio

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