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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Não esperou ele se curar’: irmã revela motivação do duplo homicídio em Teresina

 

Não esperou ele se curar’: irmã revela motivação do duplo homicídio em Teresina

Foto: Reprodução

TERESINA Francisco Fernando de Oliveira Castro, de 35 anos, suspeito de assassinar o vereador Thiciano Ribeiro e a comandante da Guarda Civil Municipal de Parnaíba, Penélope Brito, no Centro de Teresina, na última terça-feira (26/08), permaneceu em silêncio durante o interrogatório da Polícia Civil. No depoimento, ele limitou-se a dizer que estava “emocionalmente abalado”.

“Estou abalado psicologicamente. Vou prestar depoimento futuramente, nesse momento não”, afirmou o acusado.

A investigação ganhou novos elementos a partir do depoimento da irmã de Francisco, Francisca Flávia de Oliveira Castro. Ela relatou que recebeu uma ligação logo após o crime, na qual o irmão teria admitido os disparos e revelado a motivação.

“Ele me ligou e disse: ‘minha irmã, acabei com minha vida. Me perdoa. Cuida da nossa família. Eu matei o amante da Penélope e dei um tiro nela. Não sei se ela morreu, mas eu não queria matar ela, não’”, relatou.

Segundo Francisca, o irmão vinha sofrendo emocionalmente desde a separação de Penélope Brito, em março deste ano. Ele teria se sentido humilhado ao vê-la assumir publicamente o relacionamento com o vereador Thiciano Ribeiro.

A testemunha afirmou ainda que a família temia que Francisco atentasse contra a própria vida, devido ao estado emocional em que se encontrava.

“Ele falou que ia se matar, disse que ela não esperou ele se curar. ‘Penélope não faz isso comigo, não, não me expõe, todo mundo sabendo que tu me traiu com ele, e tu vai ficar com esse homem’”, disse Francisca, em depoimento à polícia.

Após a ligação, a irmã conseguiu convencê-lo a se entregar e entregar a arma usada no duplo homicídio.

Foto: Reprodução 

“Ele disse que não ia fugir, mas que não ia dar a vergonha de ser preso. Eu entrei no carro, conversei com ele, pedi a arma e disse que ia ficar com ele até a polícia chegar. A arma que ele entregou ao meu marido foi a mesma que usou para atirar”, contou.

O inquérito está sob responsabilidade da delegada Nathália Figueiredo, que apura os detalhes do duplo homicídio. A Polícia Civil já solicitou à Justiça a prisão preventiva de Francisco. O prazo para a conclusão das investigações é de dez dias.

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