Nicotina: Mulheres que fumam durante a gravidez estão uma
vez e meia mais propensas que as não-fumantes a gerar bebês de baixo
peso no nascimento (menos de 2,5 quilos ao nascer). Mesmo fumar pouco
(menos de 5 cigarros por dia) está associado com um maior risco de baixo
peso natal.
O tabagismo materno tem sido identificado como o fator mais importante para peso abaixo do normal em países desenvolvidos. A porcentagem de mulheres norte-americanas que fumam durante a gravidez vem diminuindo desde 1989; 11% afirmaram fazê-lo em 2003.
O tabagismo materno tem sido identificado como o fator mais importante para peso abaixo do normal em países desenvolvidos. A porcentagem de mulheres norte-americanas que fumam durante a gravidez vem diminuindo desde 1989; 11% afirmaram fazê-lo em 2003.
O uso do tabaco durante a gravidez também aumenta o risco de aborto
espontâneo, atraso no crescimento, parto de natimorto, cabeça com
circunferência pequena, morte do bebê, cólica do bebê e problemas
respiratórios, neurológicos, cognitivos e comportamentais no longo
prazo. Uma análise das células fetais do líquido amniótico de gestantes
que haviam fumado no mínimo dez cigarros por dia durante dez anos e
continuaram fumando durante a gravidez constatou instabilidade e
anomalias cromossômicas não encontradas no líquido amniótico de mulheres
não-fumantes.
Mulheres
que fumam durante a gravidez frequentemente fumam depois de dar à luz, e
cada tipo de exposição parece ter efeitos independentes. Um estudo
separou os efeitos da exposição pré e pós-natal examinando 500
recém-nascidos por cerca de 48 horas após o nascimento, enquanto eles
ainda estavam na maternidade do hospital, onde é proibido fumar e,
portanto, não tinham sido expostos ao tabaco fora do útero.
Recém-nascidos cujas mães haviam fumado durante a gravidez eram mais
baixos e mais leves e tinham funcionamento respiratório mais pobre do
que o de bebês de mães não-fumantes.
Fumar
e beber durante a gravidez parecem causar os mesmos efeitos em crianças
em idade escolar: tempo de atenção precário, hiperatividade, ansiedade,
problemas de aprendizagem e de comportamento, problemas
percepto-motores e linguísticos, baixos escores de QI, atraso escolar e
problemas neurológicos. Um estudo longitudinal de dez anos com filhos
entre 6 e 23 anos de mães que relataram ter fumado bastante durante a
gravidez constatou um risco quatro vezes maior de transtornos de conduta
em meninos, começando antes da puberdade, e um risco cinco vezes maior
de dependência de drogas em meninas, começando na adolescência, em
comparação com jovens cujas mães não haviam fumado durante a gravidez.
Maconha e Cocaína:
Estudos sobre o uso de maconha entre mulheres grávidas são escassos e
as descobertas variadas. Sua interpretação é comprometida por fatores
deturpadores, como não confiabilidade de auto-relatos e, geralmente, uso
concorrente de outras substâncias além da maconha. Entretanto, algumas
evidências indicam que o uso excessivo de maconha pode resultar em
efeitos congênitos, baixo peso no nascimento, sintomas parecidos com a
abstinência (choro e tremores excessivos) no nascimento e maior risco de
transtornos de atenção e de problemas de aprendizagem no futuro.
Em
dois estudos longitudinais, um em famílias brancas de baixo risco,
predominantemente de classe média; e outro em famílias de alto risco,
baixa condição socioeconômica, na maior parte famílias afro-americanas, o
uso pré-natal da maconha foi associado à baixa atenção, impulsividade e
dificuldade no uso de habilidades visuais e perceptuais após os três
anos, o que indica que a droga pode afetar o funcionamento do lobo
central do cérebro. Uma análise de amostras de sangue dos cordões
umbilicais de 34 recém-nascidos detectou maior presença de mutações
cancerígenas em bebês cujas mães fumavam maconha e não usavam tabaco,
cocaína ou opiáceos.
O
uso de cocaína durante a gravidez tem sido associado ao aborto
espontâneo, retardo no crescimento, parto prematuro, baixo peso no
nascimento, cabeça pequena, defeitos congênitos e desenvolvimento
neurológico deficiente. Em alguns estudos, recém-nascidos expostos à
cocaína demonstram síndrome de abstinência aguda e pertubações do sono. A
preocupação com os "bebês do crack" tem sido tão grande que alguns
estados têm movido processos criminais contra gestantes suspeitas de usar drogas.
Estudos
mais recentes não constataram nenhuma ligação específica entre
exposição pré-natal à cocaína e déficits físicos, motores, cognitivos,
afetivos ou comportamentais que não possam ser também atribuídos a
outros fatores de risco, como baixo peso no nascimento, exposição ao
tabaco, ao álcool, à maconha ou a ambiente doméstico empobrecido. Em um
estudo, crianças de dois anos expostas à cocaína no período pré-natal e
cujas mães as havia entregue aos cuidados de outras pessoas tiveram
ambientes domésticos mais positivos e se saíram melhor nos testes de
desenvolvimento do que bebês expostos à cocaína e que ainda estavam sob
os cuidados de suas mães.

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